quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O que eu tenho não quero, o que eu quero eu não posso ter.(originalmente postado em 6 de março de 2008)


Queria andar até a esquina para ver o que vem depois, 
tinha outra esquina, e outra e outra, 
eu continuei olhando de esquina a esquina, 
mas como sou burra, 
de tão curiosa fui olhando para frente 
sem prestar a atenção no caminho. 
Cheguei em uma esquina que não tem mto sentimento ou valor por lá, 
uma esquina de prostituição barata, 
eu fico com você, com você e com você, 
não preciso nem saber seu nome, é fácil, 
sem sentimento sem se prender, 
mas assim sem me prender acabei me perdendo, 
depois de tantas esquinas iguais, não sei mais o caminho de volta. 
Estou aqui sentada na sarjeta, 
esperando a fada azul me dar a mão e me levar para casa,
fada dos seios fartos e sorriso incomparável, 
fada tatuada, fada safada, 
mas a fada vai demorar, ela esta em outro estado, 
outro estado físico, a fada azul agora é ar, ar de saudade, 
ar de arrependimento, ar de pensamento, ar que sufoca. 
Ela não pode me dar a mão, elas estão ocupadas, 
uma segurando os planos do futuro dela, 
a outra segurando a mão do mago verde, 
não tem como ela segurar minha mão. 
Mas não choro, pois sei que a fada fala meu nome três vezes na frente do espelho para ver se eu apareço a noite, 
e eu tomo banho de barriga cheia para passar mal, e ver se a fada vem me ajudar.
Eu quero a fada...não posso ter a fada...mas as meninas da mesma esquina que eu, eu posso ter, basta querer.
Afinal borboleta e libélula são parecidas olhando de certo ângulo.

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