tinha outra esquina, e outra e outra,
eu continuei olhando de esquina a esquina,
mas como sou burra,
de tão curiosa fui olhando para frente
sem prestar a atenção no caminho.
Cheguei em uma esquina que não tem mto sentimento ou valor por lá,
uma esquina de prostituição barata,
eu fico com você, com você e com você,
não preciso nem saber seu nome, é fácil,
sem sentimento sem se prender,
mas assim sem me prender acabei me perdendo,
depois de tantas esquinas iguais, não sei mais o caminho de volta.
Estou aqui sentada na sarjeta,
esperando a fada azul me dar a mão e me levar para casa,
fada dos seios fartos e sorriso incomparável,
fada tatuada, fada safada,
mas a fada vai demorar, ela esta em outro estado,
outro estado físico, a fada azul agora é ar, ar de saudade,
ar de arrependimento, ar de pensamento, ar que sufoca.
Ela não pode me dar a mão, elas estão ocupadas,
uma segurando os planos do futuro dela,
a outra segurando a mão do mago verde,
não tem como ela segurar minha mão.
Mas não choro, pois sei que a fada fala meu nome três vezes na frente do espelho para ver se eu apareço a noite,
e eu tomo banho de barriga cheia para passar mal, e ver se a fada vem me ajudar.
Eu quero a fada...não posso ter a fada...mas as meninas da mesma esquina que eu, eu posso ter, basta querer.
Afinal borboleta e libélula são parecidas olhando de certo ângulo.
Eu quero a fada...não posso ter a fada...mas as meninas da mesma esquina que eu, eu posso ter, basta querer.
Afinal borboleta e libélula são parecidas olhando de certo ângulo.
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