segunda-feira, 21 de novembro de 2011


-Olhe para este lago, uma vez eu fui calma como ele, até que...

Ela pega uma pedra e joga no lago, agitando a calma água.

-A água se agita e revolta, foi isso que me tornei.

-Mas se esperarmos o suficiente ela volta a ser calma, você voltará a ficar calma.

-Mas a pedra continua lá, agora ela é parte do rio. Pode parecer com o que era antes, mas mudou para sempre.








                                                                                                                                      [Xena e Gabrielle]

terça-feira, 15 de novembro de 2011

The Organ ~ Fire In The Ocean



I hold hands with the fire in the ocean
Whose bones are cold, never frozen
The day is ending, I'm feeling edgy
The dark is running, soon I will be coming

Oh the ocean smells like my mother
Who should love me oh like the ocean does
We are so much like each other
We don't see the need for each other

I hold on to the fire in the ocean
Whose bones are cold, not frozen
Don't get me wrong I'd gladly be the one
To pick my teeth with the very last whale bone

Take my garbage throw it in the ocean
Suck a man off throw in the ocean
No the moon is no fire in the sea
no object like that could speak to me

Who will love me oh like the ocean does
Who will love me oh like the ocean does
We are so much like each other
We don't see the need for each other

Take my garbage throw it in the ocean
Suck a man off throw in the ocean
We are so much like each other
We don't see the need for each other

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Veneno

Ela precisava tirar os curativos,
Apagar os momentos que fizeram valer a pena,
Rir da sua desgraça, chorar por ter sido fraca,
Apontar seus defeitos e falar que eles superam as qualidades.
Rasgar a pele que você um dia acariciou,
Envenenar a boca que você beijou,
Te odiar, não se arrepender, e ver que não valia a pena gostar.
E depois deixar para trás aquele ódio amargo no fim da boca,
E partir pra outra,
Pois com você não valia a pena. É...uma pena.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O que eu tenho não quero, o que eu quero eu não posso ter.(originalmente postado em 6 de março de 2008)


Queria andar até a esquina para ver o que vem depois, 
tinha outra esquina, e outra e outra, 
eu continuei olhando de esquina a esquina, 
mas como sou burra, 
de tão curiosa fui olhando para frente 
sem prestar a atenção no caminho. 
Cheguei em uma esquina que não tem mto sentimento ou valor por lá, 
uma esquina de prostituição barata, 
eu fico com você, com você e com você, 
não preciso nem saber seu nome, é fácil, 
sem sentimento sem se prender, 
mas assim sem me prender acabei me perdendo, 
depois de tantas esquinas iguais, não sei mais o caminho de volta. 
Estou aqui sentada na sarjeta, 
esperando a fada azul me dar a mão e me levar para casa,
fada dos seios fartos e sorriso incomparável, 
fada tatuada, fada safada, 
mas a fada vai demorar, ela esta em outro estado, 
outro estado físico, a fada azul agora é ar, ar de saudade, 
ar de arrependimento, ar de pensamento, ar que sufoca. 
Ela não pode me dar a mão, elas estão ocupadas, 
uma segurando os planos do futuro dela, 
a outra segurando a mão do mago verde, 
não tem como ela segurar minha mão. 
Mas não choro, pois sei que a fada fala meu nome três vezes na frente do espelho para ver se eu apareço a noite, 
e eu tomo banho de barriga cheia para passar mal, e ver se a fada vem me ajudar.
Eu quero a fada...não posso ter a fada...mas as meninas da mesma esquina que eu, eu posso ter, basta querer.
Afinal borboleta e libélula são parecidas olhando de certo ângulo.

Siamesas


Siamesas.

O tocar das mãos, alisando seus cabelos, um beijo na nuca.
Um despir lentamente, apreciar o corpo nu, sentir suas formas,
Tonalidades, cheiro, sons, gosto, os gemidos, impulsos a respiração.
Sentir o corpo estremecendo, estar dentro dela, se conectar,
Senti-la derretendo aos poucos entre meus dedos, na minha língua,
O beijo molhado de prazer.
Depois, deitar-me frente a ela, observando suas pupilas dilatadas,
Bochechas rosadas, a pele levemente suada, um pouco cansada e fraca.
Ficar ali abraçadas como se o tempo tivesse parado,
Duas respirações, dois corações, agindo desordenadamente,
Mas os corpos tão colados, que se transformam em apenas um.